A incapacidade do organismo de digerir o açúcar do leite (lactose) no sangue pode causar sintomas desagradáveis, como cólica, gases e até diarreia, e esses indícios podem aparecer em crianças, adolescentes ou adultos.
Muitas pessoas acreditam que os problemas com a intolerância à lactose ocorrem apenas com algumas pessoas, mas os dados do Instituto Datafolha impressionam e revelaram que o problema é mais comum e afeta muito mais brasileiros do que supúnhamos - cerca que 35% da nossa população com idade acima de 16 anos e cerca de 53 milhões de pessoas relatam algum tipo de desconforto após o consumo de derivados do leite - o leite, inclusive, é apontado como vilão por 16% dos entrevistados.
Um estudo feito Associação de Medicina do Brasil "Lactose intolerance: changing paradigms due to molecular biology" e publicado na revista Scientific Electronic Library Online explique que:
Na maioria dos mamíferos a atividade da enzima lactase diminui na parede intestinal após o desmame, caracterizando a hipolactasia primária que provoca sintomas de intolerância à lactose. A hipolactasia é determinada geneticamente, porém uma mutação ocorreu para que fizesse parte da humanidade tolerar o leite na idade adulta. O diagnóstico é feito por teste de tolerância, empregando a lactose como desafio. Com a descoberta dos finlandeses do polimorfismo associado com a persistência da lactase (...) o exame genético passou a ser outra ferramenta diagnóstica mais confortável para o intolerante. No Brasil, 43% dos brancos e dos mulatos têm alelo de persistência da lactase, sendo a hipolactasia mais frequente entre os negros e japoneses.
Os sintomas abaixo, geralmente, começam de trinta minutos a duas horas depois da ingestão de alimentos ou bebidas que contenham lactose.
Mas, você irá nos perguntar: Vale Diagnósticos, com o passar do tempo eu tenho sentido esses sintomas, anteriormente, eu não sentia e ainda parece que os sintomas estão mais acentuados, certo? E é isso mesmo, veja abaixo porque isso pode acontecer.
É que a produção da enzima que permite que adultos consigam tolerar bem a lactose diminui com a idade e, por isso, a intolerância à lactose é mais comum entre adolescentes e adultos do que em crianças. Isto porque, há um polimorfismo (variação genética) associado com a persistência da produção de lactase em adultos e sua ausência indica intolerância à lactose.
1- Deficiência congênita da enzima lactase, enzima que quebra o açúcar, lactose, em glicose e galactose para permitir digestão. É uma condição muito rara e acomete crianças logo após o nascimento.
2- Diminuição enzimática secundária a doenças intestinais. Envolve diarreia persistente e é bastante comum em crianças no primeiro ano de vida.
3- Diminuição gradativa da lactase, condição conhecida como “deficiência primária” ou ontogenética.
Tipo mais frequente, aparece gradualmente a partir dos dois anos de idade e acomete diferentes grupos populacionais e atinge muitos adultos.
Aqui também ressaltamos que, além da hipolactasia, que se origina quando o organismo não produz (fator genético) ou gera de forma insuficiente (fator idade) a enzima lactase, a intolerância pode acontecer quando há enzimas defeituosas em virtude de outras doenças, como: Síndrome do Intestino Irritado, Supercrescimento Bacteriano, Doença de Chron e Celíaca.
No exame de Curva de Lactose o paciente chega ao laboratório em jejum de 8 horas e realizar uma primeira coleta de amostra de sangue. Depois disso, fazer a ingestão de um líquido que contém lactose em sua composição e realizar outras coletas em 30, 60 e 120 minutos após a ingestão do líquido.
As amostras (antes e depois) são encaminhadas para análise, que irá considerar como foi a absorção da lactose através da dosagem da glicose nesses dois tempos.
Se a diferença entre os resultados for muito pequena, significa que o paciente não possui a enzima lactase e não conseguiu degradar a lactose, portanto possui certo grau de intolerância.
Para os pacientes que possuem um grau alto de intolerância a lactose, por exemplo, esse exame pode causar uma série de desconfortos como: náuseas, vômitos, gases e diarreia. Logo, em pessoas mais sensíveis esses efeitos podem permanecer durante semanas, o que acaba atrapalhando o dia a dia da pessoa.
No teste Genético de Lactose não há necessidade de nenhum preparo, ingestão de líquido ou até jejum.
Esse teste é indicado, principalmente para pacientes diabéticos e crianças pois, a coleta é realizada através de amostra feitas pela raspagem da mucosa bucal. De forma tranquila, rápida e indolor.
O teste genético da lactose é um exame que analisa o gene MCM6, responsável pela regulação da produção da lactase, enzima que realiza a digestão da Lactose no nosso organismo. Assim, de acordo com a variação deste gene identificada pelo teste genético, podemos produzir maior ou menor quantidade da enzima Lactase.
Testes genéticos, no geral, podem ser usados para identificar cerca de duas mil doenças genéticas ou condições, tudo isso usando amostras de sangue, pele, saliva, cabelo, ou ainda do líquido amniótico da bolsa de um bebê que ainda não nasceu. Mas, o tipo de exame que você deverá fazer sempre será indicado pelo seu médico.
A Vale Diagnósticos, sempre buscando promover a saúde, trabalha para oferecer exames e técnicas de ponta para você.
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